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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cavalo Selvagem

Cavalo selvagem que pelos campos vive livre a trotar
correndo pelas matas verdes atravessa vales e rios
sem destino certo, detentor da liberdade que causa inveja,
corta o vento num eterno galopar sem ter lugar de parada
faz o teto da sua morada o céu aberto.
No mundo selvagem não existe interesses pessoais sobre o próximo
e sim o instinto animal que não tem regras preestabelecidas
entre eles não há corrupção e mentiras apenas atitudes sinceras
com os animais não se conhece a hipocrisia que entre nós impera.
Por que a liberdade é tão perseguida se fazemos das nossas vidas prisão
nos amarrando a coisas banais e sem sentido, escravos da paixão. 

Poderíamos ser como os animais selvagens sem destino e
parada
nada nos domaria nem sequer nos obrigaria a uma vida escravizada.

Quem me dera ser eu um animal e viver solto pelo mundo
e como um cavalo selvagem estar livre pelos campos
a correr, viver em harmonia com a natureza
sem interesse próprio e falsidade ter espírito leve
sem ganância apenas no peito o desejo de liberdade.

 
©Valter Montani

Cavalgada

Amor a gente inventa
Orgulha-se e ostenta
Ou, disfarça e não aparenta
Mas sempre vai e tenta.

Amor se descortina
Para fugir da rotina
E vicia feita cerveja
Impregna no peito
feito nicotina.

Amor é algo medieval
Pois sempre que a vejo
Explode o desejo e a bravura
E acabo sempre de armadura.

Me transformo em nobre guerreiro
Cavaleiro em busca de conquistas
E saímos em cavalgada cujo ideal
É encontrarmos nosso GRAAL.

Em com a espada em riste
Empunhada com firmeza
Coloco-me frente a minha bela
A proteger sua doce cidadela.

Essa escultura nobre e formosa
Que faz sentir-me forte e fogoso
Pois então, venha minha fera
Com esse seu corpo voluptuoso.

Esse sorriso que me prende
Como vassalo de uma paixão
Que não tem hora nem lugar
Não tem nexo nem razão...
Apenas uma fantasia....
recheada de emoção.
©Valter Montani

Cavaleiro do asfalto


  Não me pergunte de onde venho 
nem me inquiras para onde vou
eu apenas fui um cavaleiro errante,
que do destino incerto se libertou.
 
Minha vida é contada em distâncias 
que voraz percorro pelo mundo afora

de ferro e aço, é feito o meu veículo

de sonhos e conquistas, minha história.


A busca da aventura é  o que me  move
pelas estradas da vida, avante sem demora
deixando tudo para trás na poeira que fica:

as decepções, ilusões, e o jugo de outrora.


Sei que minhas roupas e agressiva aparência
podem causar até medo,  e provocar espanto.
Não se assustem crianças, sou apenas peregrino

sob a indumentária bate o coração dum menino.


Apenas quero  divertir-me, na  trilha sonora da estrada
sentir o calor e a liberdade, o vento a beijar o meu rosto,
devorarei as distâncias e beberei na fonte da esperança 

mente repleta de sonhos, irei até onde meu desejo alcança.

Valter Montani

Caravelas

Na ânsia de encontrar
alguém para se amar,
almas sofridas e solitárias
lançam o coração ao mar.

Na forma de caravelas
movidas ao sabor do vento
as vezes na calmaria,
outras, em meio ao tormento.

Navegam em busca do tesouro
que é um verdadeiro amor.
Mas nem sempre conseguem
e atracam no cais da ilusão e dor.

Marujos! como dizia
Camões:
"Navegar é preciso"
Porém, se não aportam
na terra de amor prometida:

Levantem âncora e partam
continuem pelos mares a procurar,
pois o importante nessa busca:
é manter o coração a navegar!
Valter Montani

Boneca de Porcelana

Esculpida pelas mãos do desejo
Bonequinha linda de porcelana,
Seu olhar inspira-me a malícia
Sua boca me atiça o fogo da cobiça.

Seu corpo tem o tamanho
E o formato de uma paixão,
Que me corrompe a mente
De forma cruel e intermitente.

Em meu pensar és uma obra de arte
Que em palavras não há como mostrar
Pois mal conseguem explicar o que vejo
Nem expressam tudo aquilo o que sinto.

Mas tenha certeza que na mente
Já pintei uma lindíssima aquarela
Onde está expressa de forma singela
Sua silhueta feminina, sensual e bela.
© Valter Montani
Revisão de Texto: Regina Azevedo

Banquete dos deuses


Mulher é um ser iluminado
no qual a beleza abunda,
e sempre pouco nos importará
 qual embalagem a envolve,
e sim, a carne macia, perfumada
digna de um farto banquete
 saciando sempre a nossa fome.
Mas, na verdade meus amigos
no fundo é ela que nos consome.

Valter Montani

Auto Retrato


Quer saber de onde venho?
Venho de uma outra dimensão
e aqui, como lá, não existe perfeição,
apenas um lugar de profunda provação.

Para onde vou não importa,
vou até onde me deixarem
basta manter aberta a porta
e os sentidos me transportarem.

Sou regido pelos signos do amor
com ascendência nos signos da razão
o equilíbrio da balança evita
que os espinhos firam-me o coração.

Não sou um sábio
mas um mero aprendiz.
Onde estamos, tudo se aprende,
estou aprendendo a ser feliz.

O mundo é maravilhoso
é possível alcançar a felicidade
basta deixar de lado a ganância
que se espalha pela cidade.

Nas andanças da vida
muitas coisas aprendi,
a deixar o orgulho de lado
e cada momento curtir.

Meu mestre, o tempo,
ensinou-me a esperar
aprender com a derrota
e a vitória saborear.

Meu outro mestre, o destino,
ensinou-me a cair
e, com rapidez, a levantar,
sacudir a poeira e seguir.

Afinal, somos compostos de água
e se ela não for corrente
estagna-se, apodrece;
quem deixa de caminhar sempre padece.

Deus me deu a força de um guerreiro
e o coração de uma criança
por isso posso ir a guerra
sem nunca perder o amor e a esperança.
© Valter Montani
Revisão de texto: Regina Azevedo

Ausência


Enquanto o sol insiste em não raiar
e a escuridão sombria me envolve
os pensamentos sequestram a mente
 a nostalgia aos poucos me absorve.

Ainda no ar, persiste o teu perfume
nos dedos ainda sinto a  tua maciez
teu néctar, impregnou-se na minha boca
e a alcova vazia chora a tua escassez.

Esquecida na mesa tua caneca favorita
vazia como meu coração, jaz entristecida.
No peito sem razão reina firme um desejo
matar essa saudade, vontade de teu beijo.

Espalhados por armários e nas gavetas
te esperam esperançosos, teus pertences
como se de repente, você pudesse voltar
e, com teu sorriso nossa casa iluminar.

 O relógio na parede é fria testemunha
das horas tristes que meu dia se compõe
minuto a minuto, escoando vai-se o tempo
enquanto em vão, busco por algum alento.
 
As vezes, minha mente trama loucuras
um modo de abreviar meu sofrimento
para então,  ao teu lado caminhar
mas, fazendo isso jamais iria te encontrar.

E assim, de mãos dadas com a amargura
busco algo para preencher a sua lacuna
cumprindo a risca a minha penitência
vou sobrevivendo...com a tua ausência.

Valter Montani 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Aprendizado


Era uma vez eu num bar solitário
tendo a chuva como alcoviteira,
sob os olhares dos candelabros
empunhava a caneta companheira.
O som da música abrandava
a amargura em meu coração
pingos descompassados da chuva
misturavan-se com a canção.
Através das cortinas de plástico
observava imagens distorcidas
das desilusões que se passavam
naquele momento da minha vida.
Mas não pensava estar derrotado
não queria ser um mero perdedor
é certo que a vida não é somente alegria
mas não seria eu um prisioneiro da dor.
Quem pena aprende, obtém sua recompensa
nunca subestimarei alguém que padeça
pois, nada há na vida terrena que nos aconteça,
sem que a gente escolha ou realmente mereça.
Portanto: se sofri... hoje não mais importa;
Paciência, conservei em meu coração o amor
pois, se derrotado no passado distante,
posso ser no presente um grande vencedor.
Jamais interrompi minha caminhada
por mais espinhos que me arranharam
nem abaixei a cabeça para ninguém
em especial , àqueles que me feriram.
Hoje sei: minha felicidade depende de mim
não fico esperando que alguém a proporcione
sigo em frente sem ter medo de nada
agora reconheço qual o sentido da jornada.
©Valter Montani
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alquimia

O que dá vida a um sentimento?
Não é muito difícil de explicar,
É necessário despir-se dos medos
Deixando toda sensibilidade aflorar.

Mas é preciso também um motivo
Uma musa para ter boa inspiração
Tem que se sentir afetuosa química
Que domine mente, corpo e coração.

Mulher é poesia divina em movimento,
Esculpida na matéria-prima do desejo.
Quando interajo com tão mística criatura
E libertados são meus cinco sentidos.

Então viajo pelo mundo louco da magia
Transgrido todas regras e convenções
Aí acontece o milagre da materialização
Transformando em versos meu pensamento,
...........Assim nasce a poesia
© Valter Montani  
 Revisão Regina Azevedo
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A princesa e o poeta

Ontem tive um sonho tão bonito
 sonhei com uma princesa
 que meu mundo habitou

 Veio para mudar minha vida
 me tornando um menino
e à infância me levou.

 Com sua aura colorida
 em meio a formas multicores
 um arco-íris em meu céu

 Tinha a pele rosada
 cabelos negros escorridos
 e os olhos da cor de mel

 Chegou com pincel em mãos de fada
 colorindo minha vida
 dando luz ao coração

 Como uma linda aquarela
que surgiu em minha tela
 feito forma de paixão
 © Valter Montani
 Revisão de texto:Regina Azevedo
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A lua e a feliz cidade

A feiticeira da noite sopra estrelas no céu
a lua torna-se mais cheia e resplandecente
a noiva da colina asperge um suave perfume
espalhando no ar o seu chamado envolvente.

Trata-se de um convite ao amor e a amizade,
vai ecoando pelos quatro cantos da cidade 
rua do porto, engenho central, repúblicas....
nada passa despercebido ao clamor lançado.

Seus concidadãos inebriados pela magia
saem pelos caminhos dessa menina mulher
a celebrar o tratado noturno numa dança 
e tudo, vai convertendo-se em esperança. 

Da academia ou não, calouros ou veteranos
 cumprem o mesmo ritual seja lá onde for
mesas de bares, restaurantes, nas avenidas.
Lua esplendorosa brilha, contagia, vence a dor.

Casais enamorados alcançam o auge do encanto
olvidam os problemas, entregam-se aos desejos
 abraços apertados, sussurrando ao pé do ouvido
juras de paixão eterna, seladas com beijos. 

Velhos amigos, novos amigos, desconhecidos
sob o olhar da lua, numa invisível corrente
esquecem de tudo,  brindam em torno a mesa
 tudo o que nos move e faz da vida essa beleza.

No Centro Literário, nas rodas de serestas
plenos de feliz cidade, entusiasmados poetas 
observando a  noite e maravilhados com a lua
derramam-se em versos recheados com ternura.

Valter Montani
Um brinde a  amizade, aos membros do CLiP e a noiva da colina!
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A fogueira das vaidades

A fogueira das vaidades

Sim, eu prefiro a proteção das bruxas
que vivem a lançar seus encantos
e sua magia pelos arredores da cidade
do que muitas pessoas que se dizem boas,
e vivem a alardear seus atos de bondade.

Bruxas, no passado foram queimadas 
por pensar e agir de modo diferente
dos que detinham o poder sobre a verdade
e isso, era feito em praça pública
brutalmente, sem remorso ou piedade.

Não desejo que aconteça o mesmo mal  
para os que se vangloriam pelo mundo
como senhores de tudo e acima da maldade
pois, pelos atos se encontram condenados
queimados, na fogueira das vaidades!

Valter Montani 
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A conquista

 A Conquista

Chegaste assim de surpresa
te apoderaste da minha mente
eliminaste qualquer defesa
que pudesse em vão esboçar.

Com as forças sobrenaturais

invadiste, tomaste meu corpo
antes que eu algo balbuciasse
 
 sagaz, minha boca silenciaste.

Devastaste o meu arsenal,
de meu poderio, fui deposto
foste uma força devastadora
impelindo-me a  entregar-me.


Numa  forma de  feitiço cruel
lançaste sua magia triunfal
fizeste de mim terra tomada
Sitiaste-me com teu cabedal.

Com estratégia dominadora
envolveste-me em segundos
guindaste-me ao teu mundo
em servil me transformaste.


Mostraste como frágil eu sou
para defender o meu reinado
que outrora fora inexpugnável
fato inegável....fui conquistado! 

Valter Montani
revisão: Karla Júlia  
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A bela e a fera

Beleza suspensa a flutuar
com uma leveza celestial,
deusa do prazer a bailar
convite ao pecado carnal.

Exalando o perfume no ar
 com movimentos sensuais
inconsciente me faz sonhar,
com prazeres existenciais.

Minha mente está conturbada
meus neurônios estão a mil,
emitem os sinais em rajada
libertando um desejo febril.

Minh'alma está a dilacerar
músculos, ossos expandindo,
meu corpo parece rasgar
 a excitação vai dominando.

Já não sou mais responsável
por meus atos e atitudes,
sou prisioneiro imperdoável
duma vontade sem virtudes.

Inquietam-se minhas pupilas
sinto meus pelos eriçados,
minhas narinas expandidas
os membros descontrolados.

Num instante vai-se a cautela
cai a máscara do ser normal
logo, o animal interno se revela
com sua voracidade abissal.

A bela libertou a minha fera
então, se fez tarde para recuar.
A vontade de devorar impera,
chegou a hora do lobo atacar!


© Valter Montani
08/11/2011 
 *proibida a reprodução sem autorização
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